quarta-feira, 12 de março de 2014

Custo da cesta básica aumenta em metade das capitais pesquisadas

Em fevereiro, os preços dos gêneros alimentícios essenciais subiram em nove das 18 capitais onde o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores elevações foram apuradas em Aracaju (5,31%), Florianópolis (2,49%) e Rio de Janeiro (1,35%). Retrações ocorreram em João Pessoa (-3,47%), Manaus (-3,44%) e Brasília (-2,91%). 

Em fevereiro de 2014, Florianópolis foi a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 330,75), seguida por Vitória (R$ 328,43) e São Paulo (R$ 325,35). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 225,57), João Pessoa (R$ 255,00) e Salvador (R$ 262,78). 

Com base no custo apurado para a cesta de Florianópolis e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas. Em fevereiro de 2014, o menor salário pago deveria ser R$ 2.778,63, ou seja, 3,84 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em janeiro, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.748,22, ou 3,80 vezes o piso vigente. Em fevereiro de 2013, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 
2.743,69, o que representava 4,05 vezes o mínimo de então (R$ 678,00). 

Variações acumuladas 

Nos dois primeiros meses de 2014, oito capitais apresentaram alta nos preços da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Aracaju (4,05%), Florianópolis (3,58%) e Vitória (2,19%). Outras 10 cidades tiveram redução, que oscilaram entre -4,55% em Belo Horizonte e -0,25% no Rio de Janeiro. 

Em 12 meses - entre março de 2013 e fevereiro último -, cinco das 18 cidades apresentaram alta: Florianópolis (5,18%), Vitória (4,80%), Belém (4,24%), Rio de Janeiro (2,57%) e Curitiba (0,08%). Nas demais localidades, os recuos oscilaram entre -5,58% (João Pessoa) e -0,10% (Recife). 

TABELA 1

Pesquisa Nacional da Cesta Básica Custo e variação da cesta básica em 18 capitais Brasil – fevereiro de 2014 


Cesta x salário mínimo 

Em fevereiro, para comprar os gêneros alimentícios essenciais, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou realizar, na média das 18 capitais pesquisadas, jornada de 88 horas e 30 minutos, tempo ligeiramente menor que as 88 horas e 51 minutos exigidas em janeiro. Em relação a fevereiro de 2013, a jornada comprometida foi menor, já que naquele mês eram necessárias 94 horas e 57 minutos. 

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em fevereiro deste ano, 43,73% dos vencimentos para comprar os mesmos produtos que em janeiro demandavam 43,90%. Em fevereiro de 2013, o comprometimento do salário mínimo líquido com a compra da cesta equivalia a 46,91%.

Para mais detalhes acesse: DIEESE

Fonte: DIEESE

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